quarta-feira, 10 de maio de 2017

Educação Emocional



Educação Emocional

Educação emocional é um tema atual muito discutido e que ainda terá muito pano para a manga para ser falado, virado e desvirado do avesso. Não só para as crianças, mas muito importante para os pais. Os reflexos de uma educação emocional bem feita são uma sociedade mais saudável e, por conseguinte feliz.

Hoje não só as professoras tem dificuldades de lidar com as crianças. Num primeiro olhar são levadas, travessas e não obedecem. Ok! Acredito que não muito diferente do que da nossa época de infância. Tenha sido a 30 ou 40 ou mais anos atrás. Mas os pais também não sabem lidar com as crianças. Diferente do passado que as famílias normalmente eram grandes e os irmãos mais velhos acabavam ajudando a cuidar dos menores. Hoje se constituem de 1 ou dois filhos. E nessas crianças são incutidas expectativas difíceis para ambos os lados cumprirem. Sejam os pais de educar como querem de forma idealizada e as crianças atenderem o que se quer delas. Uma equação que pode ser resolvida? Acredito que sim. A base de tudo é o amor. Somado muito respeito com responsabilidades divididas entre pai e mãe.

Tenho lido e estudado muito a respeito. Já que desde o ano passado me propus a ensinar meditação para crianças. Passada a expectativa inicial. Vi que o desafio era grande. Empolgada aprofundei nos estudos. Constatei que existem muitos caminhos. Todos passando por amor, respeito e quem está com as crianças estar presente, seja os pais ou os educadores. Fantástico, profundo, mas não tão simples de colocar em prática.
Haja coração para suportar tanta pressão! Com uma vida agitada, repleta de conexões como estar presente? O que é estar presente? Daí a equação entre tantas propostas pode dar um vislumbre da beleza e singeleza do processo:

Amor: agir com amor, afeto e carinho.

Respeito: olhar a criança com atenção, com reverência. Dessa forma o uso de ordem e disciplina pode ser utilizado na medida. Sem autoritarismo, mas com autoridade.

Pais/responsáveis presentes: criar um relacionamento com conexão positiva.

Para uma equação equilibrada é preciso respeitar-se e respeitar a criança para que os laços sejam saudáveis. Para tanto é necessário ter o cuidado de não controlar as emoções. Mas saber identificá-las (adulto e criança) e saber lidar com elas. Por exemplo:

- Reconhecer quando está cansado e irritado e não descontar na criança num momento que ela só quer a sua atenção. Seja para brincar ou fazer uma outra atividade com você. Pare, respire e se mesmo assim ainda se sentir alterado explique para a criança em primeira pessoa. Que ela vai compreender.

- Percebendo que a criança está frustrada, magoada ou com medo de algo. Ajudá-la a compreender aquele momento e procurar juntos uma forma de resolver. Ao invés de ignorar e dar rótulos genéricos para a situação. Muitas vezes o monstro que assusta a criança num sonho ou “embaixo da cama” pode refletir um medo de uma situação real. Respirem com calma juntos e tentem identificar o que está acontecendo. Por si só essa atitude já desmancha o monstro mental pré-existente.


É importante lembrar que seu filho será criança um curto tempo da existência dele. Procure aproveitar esse período o máximo com muito amor e respeito. Para que ele seja um adulto sadio emocionalmente e vocês pais amorosos que contribuíram para que isso fosse possível.

Andrea dos Santos Leandro
Profª Meditando com a Gurizada

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Oficina de Mandalas



Oficina de Mandalas

Recebi esses dias um convite muito especial da professora Luana. Na semana de feira do livro da escola Medianeira (maio de 2017) onde meus filhos estudam realizar com algumas turmas uma “Oficina de Mandalas”. Com imensa alegria atendi ao pedido. Com muitas idéias na cabeça de como apresentar as mandalas para as crianças elaborei um pequeno roteiro.

O que é mandala afinal? Partindo do conceito mais comum que significa “circulo” em sânscrito – língua ancestral da Índia até a ideia de representação do cosmo. Significando harmonia e equilíbrio com todas as suas nuances: beleza, ordem e proporção. Para tanto fiz apresentação em Power point; levei um CD que contem mandalas em movimento; montei uma representação em uma lata; uma flor representando que as mandalas de forma bela e harmônica está presente na natureza; bola retrátil – para demonstrar o movimento já que uma mandala não é estática -; e um enorme livro com mandalas que eles adoraram. Também levei um monte de outras coisinhas, mas claro que não deu tempo de mostrar. Eu me empolguei com o tema e gostei muito que a gurizada também adorou.

As mandalas podem ser usadas como uma forma de meditação. Tendo em vista que em vários momentos da vida a alta tensão abaixa a atenção. Um subterfúgio para voltar a mente a calma e se concentrar é desenhar e/ou pintar mandalas.

Elas são multi uso. Podem ser utilizadas para meditar, relaxar, na arte terapia, decoração, confecção de jóias e para concentração. E até como os budistas usam para um belo trabalho de desapego. Eles em equipe desenham elaboradas mandalas com areia colorida e depois de um longo trabalho de montagem ao final desmancham o que foi feito. Para eles o importante é o caminho e o resultado final é um belo ato de desapego.
Existem vários elementos que podem ser utilizados para confeccionar uma mandala: formas, números e cores. O conjunto e como são confeccionados formam uma concepção. A mandala do “Meditando com a Gurizada” foi criada com objetivos específicos: 6 crianças com um coração na mão. O 6 representando o número da família e trabalho em equipe e o coração o amor. As cores do círculo vão de quentes para mais frias dando a ideia de acalmar a mente e no centro o foco do trabalho desenvolvido - nome do projeto. E assim podem surgir vários símbolos e simbologias. Além de cada um que olha ter a sua própria interpretação. Ai está a riqueza de uma mandala. Ela também representa movimento. Um microcosmos cheio de informações, leituras e releituras.


Os labirintos também são formas de mandalas. Antigos na sua utilização ao se elaborar e usar podem proporcionar momentos de meditação e relaxamento além de lúdico. Podem ser desenhados a mão e o caminho ser feito com o dedo ou uma caneta. Ou também pode ser feita no chão.
Usadas na arte terapia pode proporcionar momentos de relaxamento, contemplação e divertimento. Lidar com as cores, formas e toda sua simbologia a mente é trabalhada e ajuda a trabalhar. Um momento de relaxamento, alegria, conhecimento e autoconhecimento. Enfim, as mandalas são além da arte um ponto focal de iluminação da nossa mente.
Quanto a oficina de mandalas: no final a gurizada recebeu uma mandala para ser pintada que irá para uma exposição na escola. Amei ver o resultado e a empolgação deles ao pintar e perguntar sobre o que cada cor significada e como a escolha delas poderia influenciar na pintura das mandalas. 

Andrea dos Santos Leandro
Professora do Meditando com a Gurizada